O Governo Federal confirmou nesta sexta-feira (14) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizará uma visita de Estado ao Japão nos dias 25 e 26 de março. A viagem tem como objetivo celebrar os 130 anos de relações diplomáticas entre os dois países, dentro das comemorações do Ano do Intercâmbio e da Amizade Brasil-Japão.
Esta será uma das primeiras viagens internacionais de Lula após ter sido totalmente liberado para retomar sua rotina normal, incluindo viagens e atividades físicas. O presidente passou por uma série de exames no final de janeiro que confirmaram sua recuperação completa após um procedimento em dezembro para drenar um edema cerebral, resultado de um acidente doméstico ocorrido em outubro de 2024, quando caiu no banheiro do Palácio da Alvorada.
Durante a viagem ao Japão, Lula será acompanhado pela primeira-dama, Janja Lula da Silva, e por uma comitiva de ministros, que ainda será definida. Caso o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também faz parte da equipe governamental como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, não possa assumir o cargo durante esse período, quem deverá ocupar a Presidência do País será o deputado federal Hugo Motta (Republicanos–PB), presidente da Câmara dos Deputados.
Lula e Janja serão recebidos no Palácio Imperial, em Tóquio, pelo imperador Naruhito e a imperatriz Masako. O presidente brasileiro também se encontrará com o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, para tratar de temas bilaterais.
O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) destacou que as visitas de Estado ao Japão são eventos diplomáticos de grande relevância, realizados apenas uma vez por ano. Esta será a primeira visita desse tipo organizada pelo Japão desde 2019.
Em termos de relações comerciais, o Japão é um dos principais parceiros do Brasil. Em 2024, o país asiático foi o terceiro maior parceiro comercial do Brasil na Ásia, com um intercâmbio comercial de US$ 11 bilhões e superávit de US$ 148 milhões. Além disso, o Japão detinha, em 2023, o maior estoque de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no Brasil, com um total de US$ 35 bilhões.
